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Sete anos de luta, memória e resistência

  • Date : 14 de março de 2025

Em março, completam-se sete anos de luta incansável por justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes. Sete anos de dor transformada em força coletiva, de busca incessante por respostas e de determinação para fazer do luto uma luta. Hoje, reconhecemos um marco importante: os executores foram finalmente condenados. Esta conquista é significativa, mas está longe de ser suficiente. Ainda ecoa, com urgência, as perguntas que não podemos deixar silenciar: Quem mandou matar e por que mandaram matar Marielle e Anderson?

Crédito: Fábio Caffe

Essa pergunta não é apenas sobre identificar e responsabilizar os mandantes; é um chamado para que toda a sociedade reflita sobre as raízes estruturais da injustiça que permitiram que esse crime bárbaro ocorresse. A luta não termina com a  condenação dos executores. Ela segue, exigindo uma justiça ampla e transformadora, que vá além da responsabilização individual e confronte o sistema que perpetua a violência, a impunidade e o racismo estrutural.

O Compromisso com a Memória de Marielle e Anderson é Inegociável

O nosso compromisso com a memória de Marielle e Anderson é inegociável. Cada passo que damos é marcado pela certeza de que não descansaremos e continuaremos vigilantes até que todos os responsáveis – não apenas os executores, mas também todos os mandantes – sejam identificados e responsabilizados.

Sabemos que justiça não é apenas uma questão jurídica. A reparação que buscamos é estrutural e social. O sistema que tirou a vida de Marielle e Anderson – o mesmo que permite tantas outras mortes e violências – precisa ser transformado. A justiça para nós é aquela que garante que vidas de mulheres negras, LGBTQIAPN+, periféricas e vulnerabilizadas sejam protegidas, respeitadas e valorizadas. É garantir que nenhuma outra mulher negra tenha sua trajetória interrompida na política ou em qualquer espaço de poder.

O Futuro que Queremos

Qual é a próxima imagem que queremos ver? Queremos ver um Brasil onde a memória de Marielle e do Anderson inspire ações concretas de transformação. Um país onde a coletividade, a igualdade e a reparação sejam alicerces para erguer um futuro verdadeiramente justo. Queremos que as histórias das mulheres negras, das vítimas da violência do Estado e das que enfrentam a violência política sejam mais do que lembradas – que suas vidas sejam preservadas, suas vozes ouvidas e suas lutas reconhecidas.

Crédito Tatiana Lima

Que a reparação seja feita de forma ampliada para cada família e para a sociedade brasileira, garantindo dignidade e o direito de existir plenamente, livres da violência e do silenciamento. É isto que tornará o nosso país verdadeiramente justo e democrático.

A Luta por Justiça é Coletiva

A luta por justiça não pode ser travada sozinha. Você quer saber por que mandaram matar Marielle e Anderson? Você quer justiça? Você quer que o que aconteceu com Marielle e Anderson, não aconteça com mais ninguém? Então, junte-se a nós.
Exija respostas das autoridades. Pressione pela responsabilização dos mandantes.

Amanhecer Por Marielle e Anderson, em frente ao Tribunal de Justiça no rio de Janeiro. Crédito Fábio Caffé/ Favela em Foco

Engaje-se na construção de um país mais justo, onde crimes políticos não sejam tolerados. Seguimos com a certeza de que a justiça só será completa quando for coletiva, quando enfrentar as desigualdades estruturais e transformar as bases de uma
sociedade historicamente marcada pela exclusão e pela violência. Lutar por justiça por Marielle e Anderson significa lutar para que crimes como este não aconteçam a mais ninguém e assim fortalecer a nossa democracia.

Precisamos de Você

Por isso, cada voz importa. Cada grito por justiça é fundamental. A luta continua, e o futuro que queremos só será possível com o compromisso de todas e todos. Ajude a manter viva a memória de Marielle e Anderson.

Participe. Levante a sua voz. Transforme o luto em luta e fortaleça a nossa democracia

#JustiçaPorMarielleEAnderson

Fonte: Instituto Marielle Franco