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Justiça por Marielle Franco e Anderson Gomes

  • Date : 14 de março de 2024

Mais um 14 de marçopassaram-se 6 anos, 71 meses e 2.192 dias que mataram brutalmente com cinco tiros na cabeça a defensora de direitos humanos Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, em seu primeiro mandato. O brutal assassinato em plena noite de uma quarta-feira, vitimou ainda o motorista da parlamentar Anderson Gomes, morador do conjunto de favelas do Complexo do Alemão, cria de favela igual Marielle, além de sua assessora de comunicação – única sobrevivente do atentado realizado em 14 de março de 2018.

Crédito: Rene Jr/IMF

Ao longo desses 6 anos, familiares, amigas e amigos, coletivos, movimentos e organizações da sociedade civil, movimento de base das favelas, movimento negro, defensoras e defensores de direitos humanos, parlamentares, jornalistas, crias das diversas favelas do Brasil… Todos perguntam: Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes? Mas, passados mais de 2 mil dias, a pergunta segue sem resposta das autoridades brasileiras.

Para o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos o legado da defensora não pode ser apenas simbólico. O Estado Brasileiro deve aos familiares, à sociedade brasileira e à comunidade internacional a resposta a essa pergunta e #JustiçaPorMarielleEAnderson.

Cria da Maré, Marielle Franco chegou à Câmara de Vereadores legitimamente eleita com 46.502 votos, em sua primeira disputa eleitoral, sendo a quinta mais votada da cidade nas eleições de 2016, com 46.502 votos, em sua primeira disputa eleitoral. Defensora de direitos humanos, tinha uma atuação reconhecida no combate a violações e violências contra a população negra, favelada e periférica.

Crédito Leon Diniz

Como parlamentar, de acordo com o Dicionário das Favelas Marielle Franco, em um ano e três meses de mandato, a parlamentar apresentou 16 iniciativas de lei, dos quais cinco contavam com ela como a única proponente. Mari, como carinhosamente os amigos e defensoras e defensores de direitos humanos a chamam, presidiu a Comissão de Defesa da Mulher foi nomeada relatora da Comissão de Representação para representar a Câmara Municipal, em Brasília para acompanhar a Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que aconteceu no Rio, em 2018. Ela ocupou estas posições até seu assassinato, em março de 2018.

Anderson Gomes morreu enquanto trabalhava. Morava com a esposa e com a filha de 1 ano no bairro de Inhaúma, na zona norte do Rio. Era cria da favela Fazendinha do Complexo do Alemão. Atingido com 3 tiros nas costas, ele foi vítima do crime político que levou à sua execução e a de Marielle Franco. O carro em que os dois estavam foi alvejado, no total, com 13 disparos. Seu nome tornou-se, junto ao dela, o símbolo da luta por justiça e contra a violência que ousou calar as vozes de defesa da população pobre e periférica.

A democracia brasileira sofreu um duro ataque com sua execução e sofre todos os dias em que a investigação desse crime não é concluída, e executores e mandantes não são identificados e responsabilizados.

Crédito: IMF

Nesse 14 de março, em que marca 06 anos deste crime bárbaro, nos juntamos ao Instituto Marielle Franco, aos familiares da vereadora e de Anderson Gomes, e à toda a sociedade para lutar por justiça, exigir respostas e homenagear suas vidas e memórias.

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