Destaque

PMs agridem e invadem casa de integrante do Movimento Nacional de População de Rua

  • Date : 5 de outubro de 2021

Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino e o MNPR (GO) manifesta solidariedade ao defensor de direitos humanos e integrante da coordenação estadual do Movimento Nacional de População em Situação de Rua, em Goiás

O integrante do Movimento Nacional de População em Situação de Rua de Goiás, Denizar de Oliveira, de 33 anos, denunciou à Polícia Civil que teve a casa onde mora invadida e foi agredido por oito policiais militares, em Goiânia, no último dia 27 de setembro. Segundo relato do defensor, ele foi surpreendido enquanto dormia por um espancamento violento, que apenas cessou porque alguém esbarrou em uma lâmpada, que se acendeu.

Integrante do Movimento de Proteção aos Moradores de Rua denuncia que foi agredido por PMS em Goiânia, Goiás.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em nota pública, o Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino e o Movimento Nacional da População em Situação de Rua de Goiás (MNPR – GO), manifestou solidariedade ao defensor de direitos humanos e integrante da coordenação estadual. Ambas organizações também ressaltam que, até o momento, não está claro o motivo da ação policial e que não foi encontrado o registro oficial em consulta realizada no dia 30 de setembro de 2021.

“Condenamos essa ação ilegal, configurada pela ausência de mandado judicial, invasão de domicílio e agressão física, e exigimos que sejam adotadas todas as providências cabíveis para garantir a apuração de todos os fatos, a identificação e punição dos culpados. Também chamamos a atenção para alguns aspectos que consideramos da maior gravidade, além do fato em si”, diz a nota.

E completa: “esse caso mais uma vez evidencia o que já sabemos e denunciamos há muito tempo diante dos sucessivos casos de violência policial divulgados de forma rotineira pela imprensa, pelas testemunhas e vítimas nas redes sociais: a polícia militar de Goiás está fora de controle, chegando a atingir até integrantes de entidades oficiais da própria estrutura do Estado”.

O Portal de Notícia G1, pediu posicionamento à Polícia Militar, na segunda-feira (4), por e-mail, para saber se houve operação policial naquele dia na região, se os militares foram identificados e se a corporação vai apurar internamente o caso. Porém, até a publicação da reportagem nesta terça-feira (5), não obteve resposta.

De acordo com o G1, ainda foi questionado à Polícia Civil sobre o andamento da investigação, “mas a corporação pediu que fosse feito contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) por envolver membros de outra força policial”.

Leia a nota do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino na íntegra aqui

Fonte: Comunicação Secretaria Operativa CBDDH com Informações do G1