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Comitê participa da Reunião do Memorial DDH, iniciativa da rede Front Line Defenders

  • Date : 11 de junho de 2024

O objetivo do evento é ampliar a troca de metodologias em rede para “Acabar com os assassinatos de Defensores de Direitos Humanos” e homenagear pessoas defensoras assassinadas

Nesta semana, de 11 a 13 de junho, o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), junto com outras organizações de direitos humanos internacionais, participa da Reunião de Parceiros do Memorial de Defensores de Direitos Humanos, em Dublin, Irlanda. A atividade é uma iniciativa da Front Line Defenders. A assessora jurídica popular da Terra de Direitos, Alane Luzia da Silva, representa o CBDDH no evento.

“É muito importante manter uma ligação entre os países da América Latina e países de outros continentes para que nossa proposta de defesa dos defensores de direitos humanos não sejam centradas em apenas encontros, em que aprendemos com a realidade de cada país, mas que seja um processo de continuidade, colaboração e vínculo para poder trocar conhecimentos sobre estratégias de proteção, incidências, Acordo de Escazú e da experiência da América Latina”, afirma Alane Luzia.

Para ela, a Reunião do Memorial de DDHs é uma “oportunidade de troca de aprendizados com as experiências de outras organizações irmãs”. O Memorial de DDH é uma iniciativa coletiva de organizações de direitos humanos nacionais e internacionais, que estão comprometidas a trabalharem juntas em rede para “Acabar com os assassinatos de DDHs”.

Através de um sítio eletrônico, o Memorial de DDH busca celebrar as vidas e realizações de todos/as os defensores/as de direitos humanos assassinados no mundo desde que Declaração das Nações Unidas sobre Defensores/as de Direitos Humanos entrou em vigor em 1998.

O Memorial de DDH consiste em dois elementos: uma base de dados com informações sobre defensores/as de direitos humanos que foram assassinados e sobre qualquer progresso nas medidas de justiça pelas violências vividas pelos, e um sítio eletrônico público com páginas de perfis individuais para cada DDH destacando suas trajetórias, lutas e realizações.

Para o Comitê Brasileiro DDH, a violência contra defensores se complexificou com atuação de empresas de segurança privada, grupos de milícias rurais, ampliação de conflitos territoriais, além da ampliação da ação de grupos do crime organizado dentro dos territórios. Por isso, a impunidade dos assassinatos de DDHs no país é uma questão que ainda constitui um grande desafio e que deve ser denunciada, inclusive, em espaços internacionais – como no caso da Reunião do Memorial.

Os objetivos do projeto do Memorial de DDH são manter viva a memória dos/as DDHs que foram mortos/as, sendo uma maneira de utilizar essa memória e a verdade para confrontar os governos sobre os assassinatos dos/as DDHs, pessoas prescindíveis para as democracias dos países, mas que podem ser eliminadas sem nenhuma consequência.

Com informações Memorial DDH