Nesta sexta-feira (25), o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro Mina Feijão, da empresa Vale do Rio Doce, em Brumadinho (MG), deixou, até o momento, nove mortos e mais de 300 pessoas continuam desaparecidas, segundo informações do corpo de bombeiros. A lama de rejeitos tomou conta da cidade e destruiu centenas de casas.
A tragédia se repete três anos depois do rompimento barragem do Fundão em Bento Rodrigues, Mariana (MG), em novembro de 2015. Considerado o maior desastre ambiental do país, o rompimento causou a morte de 19 pessoas e deixou centenas desabrigadas. Até hoje, ninguém foi punido por esse crime. O município de Bento Rodrigues desapareceu engolido pelo vazamento de quase 50 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério. Parentes das vítimas e sobreviventes lutam por justiça e para receberem da Samarco (empresa da Vale do Rio Doce), as indenizações determinadas pela Justiça. O processo que responsabiliza mais de 20 pessoas por essa tragédia está parado na justiça federal. O estrago ambiental também foi grande. Provocando a poluição do Rio Doce e danos ambientais em áreas dos estados do Espírito Santo e da Bahia.
Nota do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) sobre a tragédia, divulgada nesta sexta-feira (25) denuncia que “Desde o ano 2015, inúmeras denúncias vêm sendo feitas pelo risco de rompimento de Barragens no complexo, e ainda assim, sua ampliação foi aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental, em dezembro de 2018. O Brasil de Fato (bdf) já denunciou no mês passado que os moradores se opuseram fortemente à autorização do governo de Minas Gerais para que as empresas Minerações Brasileiras Reunidas S.A e Vale operassem nos municípios de Brumadinho e Sarzedo”
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