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#14M: Fotógrafos reúnem em documentário registros de atos em memória a Marielle Franco

  • Date : 14 de março de 2022

A escalada da violência política e social no Brasil parece fora de controle – violência doméstica, feminicídio, violência parlamentar, massacres indígenas, quilombolas e de povos tradicionais, massacres em favelas e periferias em operações policiais, perda de direitos, fome, peste, crimes ambientais e outras barbáries que se tornam cotidianas. Nesse cenário, a fotografia desempenha um papel essencial de memória e registro da luta e também na denúncia a procura de justiça.

Neste contexto, fotógrafas e fotógrafos em processo coletivo e colaborativo reuniram suas coberturas fotográficas de momentos de protesto, de vida, luta e luto para construir uma homenagem visual a Marielle Franco, vereadora assassinada há quatro anos (em 14 de março de 2018) junto com seu motorista Anderson Gomes.

A ideia é repercutir, através de redes de ativistas por direitos humanos, a memória e a investigação independente e isenta do luto à luta por #JustiçaPorMarielleEAnderson.

“Passados 4 anos ainda não sabemos quem foi o mandante do ato terrorista ocorrido no Rio de Janeiro em plena intervenção militar e de escalada do poder bélico e de segurança pública de milícias organizadas”, afirmam em nota Adriana Medeiros, Ricardo Belliel, e Wilson da Costa.

Com recursos próprios e todos os direitos autorais foram cedidos, tanto imagens quanto áudios, incluindo os das artistas musicais Doralyce e da saudosa diva Elza Soares. O lançamento do documentário fotográfico aconteceu em 2019, na edição especial e única do “Foto Rio Resiste” (Festival Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro), no Retrato Espaço Cultural, com a apresentação da Coletiva Slam das Minas RJ.

Com a perspectiva de promover e circular essa memória, as fotógrafas e fotógrafos cederam gentilmente o documentário para ser disponibilizado pelo Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos, em nosso canal de Youtube. Assista aqui.