Negros e Negras
Os defensores de direitos humanos negros/as são aqueles/as comprometidos com o reconhecimento equitativo das identidades, com a proteção e prevenção à discriminação de grupos, bem como com a multiplicação e a ampliação de direitos. Atuam contra o genocídio da população negra, violência institucional, em favelas e periferias, espaços marcados pela discriminação racial e socioeconômica.
No Brasil, um dos últimos países a abolir formalmente a escravidão, a população negra foi, durante muito tempo, relegada a um papel subalterno na sociedade. Sob o mito da democracia racial, onde o racismo não existe e todos os seus cidadãos se relacionam harmonicamente independentemente de sua raça, milhares de negros e negras foram torturados e mortos.
No país, marcado pelas desigualdades socioeconômicas e sócio raciais, cresce o número de assassinatos da população negra, bem como a criminalização de defensores e defensoras de direitos humanos. Os defensores e as defensoras de diretos humanos negros/as são os/as que sofrem em maior grau violência física, simbólica e institucional. Além disso, estão entre os grupos sociais mais vulneráveis no que diz respeito à criminalização das lutas e a possibilidade de assassinatos.
A atuação no campo dos direitos humanos torna os homens e as mulheres negros/ mais vulneráveis, e tem como pano de fundo, a violência sistemática contra a população negra.
A atuação dos defensoras e defensoras de direitos humanos negros/as é imprescindível. E por entender se tratar de medida fundamental para o fortalecimento da luta na proteção e defesa dos direitos humanos da população negra, a atuação desses defensores deve ser protegida e potencializada.