Edina Maria da Silva, agente da Comissão Pastoral da Terra, foi sequestrada,  espancada e jurada de morte na última quarta (18/09)

O Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), articulação com 48 organizações da sociedade civil e movimentos sociais, vem a público manifestar extrema preocupação com a segurança da defensora de direitos humanos Edina Maria da Silva, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ela foi espancada e ameaçada de morte no interior de Pernambuco, no município de Palmares, na quarta-feira (18/09). A região é marcada por muitos conflitos de terra e violência.

Para o CBDDH, é urgente que autoridades locais, mas também o Ministério de Direitos Humanos e a Cidadania (MDHC), garantam a segurança da vida e proteção da defensora de direitos humanos. Também é crucial que haja pelas autoridades competentes agilidade nas investigações do caso. Durante as agressões, Edina Maria, ouviu do criminoso repetidas vezes: “Quem me pagou mandou lhe matar”.

A violência contra a agente pastoral aconteceu quando ela voltava da faculdade para a comunidade de Canoinha, em Tamandaré, na Mata Sul do estado. De acordo com a CPT, Edina Maria, ao descer do ônibus escolar, foi abordada por um homem armado e encapuzado que, após roubar o celular, sequestrou a agente pastoral.

Segundo a nota, o homem conduziu a defensora por quilômetros de distância da comunidade, onde começou a espancá-la e praticar uma série de violências. Na ocasião, Edina Maria “foi informada de que seria morta, momento em que entrou em luta corporal com o agressor para salvar a própria vida”.

A CPT já acionou a polícia, o Ministério Público, a Comissão de Conflitos do Governo Estadual, o  Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e os demais órgãos de proteção a defensores de direitos humanos.

O Comitê Brasileiro DDH ressalta que a violência e ameaça à integridade das defensoras e defensores de direitos humanos é um ataque direto à democracia brasileira. Nesse sentido, expressa sua solidariedade e apoio à Edina e à Comissão Pastoral da Terra (CPT) e reforça a urgência das investigações e identificação dos autores da violência e seus mandantes.