Em 17 de abril de 1996, 21 trabalhadores rurais foram executados pela polícia militar do estado do Pará, cumprindo ordens do então governador do estado, Almir Gabriel. São 22 anos desde essa chacina no município de Eldorado dos Carajás (PA) e, até hoje, os responsáveis não foram punidos.
A cada ano, aumenta o número de assassinatos de trabalhadores e trabalhadores do campo. Os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), sobre assassinatos em conflitos no campo no Brasil em 2017, divulgados nesta segunda-feira (16), confirmam esse aumento. Segundo a CPT, em 2017 foi registrado o maior número de assassinatos desde 2003. Foram 70 assassinatos, que contribuíram para um aumento de 15% em relação ao número de mortes registradas em 2016. Chacinas como a de Eldorado dos Carajás continuam ocorrendo. Em 2017, novos massacres foram registrados. Dentre eles, o massacre de Pau D´arco no Pará, ocorrido em maio de 2017, quando nove trabalhadores e uma trabalhadora rural foram executados por policiais civis e militares.
O Comitê Brasileiro reforça sua preocupação com o aumento desse violência, e lembra todos/as defensores/as que tombaram na luta por reforma agrária e justiça social, bem como aqueles que continuam nessa luta pela garantia de direitos. Para o Comitê, é fundamental que o estado brasileiro intervenha de forma concreta para evitar a ocorrência de novas mortes e chacinas. Além disso, garanta a proteção das defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil.
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